segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Indizível

Não sei por onde começar, nem tampouco o motivo pelo qual comecei... Mas já que comecei... Precisava começar... 

Não sei exatamente o que pensas e nem porque pensas, Não sei exatamente o que sentes e nem o porque Sinto que és uma pérola mas não sinto minha, e percebo que não é de hoje, mas sim de nunca... ou de sempre. És alheia, como tudo é alheio. Não entendo o que me ocorre a cada manhã... Não entendo o que fui, o que sou e menos ainda o que serei, tamanho aperto claustrofóbico espiritual que me assombra como posso saber se o que faço é certo, se nem sei se certo sou? Instintos... Os tenho em abundância e é quase inútil cada tentativa sangrenta de enjaulá-los. Minhas grades são muito frágeis e a distância entre cada uma muito vasta que me perco em um mundo onde tudo é tão brutal, Não posso negar que sinto falta dos primeiros olhares, de amor e de receio, de admiração e uma leve vergonha, de não saberes quem sou muito menos quem és. Admiro profundíssimamente o que leio e ouço de teus olhos, Somos apenas pó... 

Se vivemos em harmonia? Tentamos, fingimos, Sobrevivemos. Sinto falta do inexistente que jamais existirá. 
Temo pelo certo Sem ao menos ter certeza e por mais que possa ter um fim, Serás sempre minha pequena, e eu serei sempre teu.  Em algum lugar, algum tempo... 

Hoje, envolto em meus braços teu corpo e se meu amor puder preencher teu coração incompleto estarei completo. Insano estarei sã. Que destino tortuoso nos pôs frente a frente somos indivíduos completamente diferentes, mas ainda me sinto a begônia romântica de outrora... 

Eu te digo para seguires teu coração, sempre... Após tomado o rumo, pense e espero que lembres destas palavras quando tudo o mais estiver escuro: A memória não necessita de luz, A lembrança não necessita de visão, em silêncio ao teu lado no escuro, Quando tudo o que já foi, deixo de lado, Sinto-me pleno e confortável isso talvez ainda seja amor. 

Sou muito sentimental para dizer, muito sonhador para saber, embora meu solo seja muito fértil para sonhar. 
Tuas flores e frutos muitas vezes não foram do meu agrado Solo, eu sofro esta angústia perfurante que por mais que eu sofra jamais saberei porque eu sofro, e espero realmente jamais saber Temo o desconhecido... 
Difícil, quase impossível... 

Mas não devias ter se prendido ao teu passado, não devia me aprisionar nele... As lembranças dilaceram minhas emoções... O rancor dilacera a meiguice destes meus olhos sorridentes, envenena tudo a nossa volta e mais distantes ficam os sonhos. 

Meu amor, 
Assim como para ti, para mim ocorreu de jogar tudo aos ares, algo me prende, não me critique, pois não criticarás mais do que eu mesmo faço. Não me julgue mais nem imaginas o que eu passo e por mais cretino, sentimental, rancoroso, fraco e o que mais que pareça ser para mim é inefavelmente doloroso sem dúvida tu és meu elo com a realidade realidade esta que tanto tento fugir e não consigo... 
Ando confuso... 
Quero ficar sozinho, mas percebo que ainda preciso de ti ao meu lado, acho que necessito e que amo! 

É indizível o que sinto...

Um comentário:

  1. Eu comecei a ler sem nenhuma pretensão mas no decorrer da leitura esse texto me prendeu de uma maneira q eu precisava terminar p descobrir se toda essa "confusão" tinha uma solução e tb na ânsia de saber p qm vc escrevia. Mas, como n é de surpreender, vc me deixou na curiosidade.. hahaha..
    Queria escrever assim, colocando tudo q eu sinto p fora, como acho q vc faz, mesmo q as vezes saia de forma confusa...

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